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Entre extremos: o que são estações de transição e como elas moldam o clima no Rio de Janeiro?

 

Entre o calor do verão carioca e o frio – ainda que “discreto” – do inverno no Rio, o tempo passa por mudanças que se fazem bastante presentes no cotidiano e geram grande impacto na rotina de qualquer pessoa: o outono e a primavera, que separam as duas estações mais “extremas”, são conhecidas como estações de transição.

Como o termo indica, são os períodos intermediários entre as temperaturas altas entre dezembro e março, e as mais amenas, entre junho e agosto. Enquanto verão e inverno apresentam picos de temperaturas, o outono (de março a junho) e a primavera (de setembro a dezembro), são as fases de mudança gradual na temperatura, na umidade e na incidência solar. Ainda assim, a primavera por exemplo, pode ter dias com temperaturas muito altas e umidade relativa muito baixa.

As mudanças são resultados do mudança na inclinação da Terra, que altera a forma como os raios solares atingem o planeta ao longo do ano. Conforme esse ângulo vai mudando, os dias vão ficando mais curtos ou mais longos, e o calor e a luz do Sol se redistribuem entre os hemisférios.

“No Rio de Janeiro, especialmente no início do outono, são características mais semelhantes àquelas que podem ser observadas no verão. À medida que os dias avançam, é possível perceber a redução gradual do calor intenso, assim como a redução da umidade relativa do ar. As manhãs e as noites costumam ficar mais frescas, diferentemente do dia, em que os termômetros seguem registrando temperaturas mais altas. Quanto mais próxima a chegada do inverno, o tempo passa a assumir características mais parecidas com a da estação mais fria” – explica Raquel Franco, meteorologista chefe do Sistema Alerta Rio.

Já a primavera traça o caminho de volta ao calor. Em setembro, o tempo começa a dar os primeiros sinais de aquecimento, com os dias ficando mais longos e a elevação gradual das temperaturas. Também há aumento da frequência das pancadas de chuva, incluindo aquelas acompanhadas de trovoadas, bem típicas da estação.

O comportamento dos ventos também apresenta diferenças: no verão normalmente são rajadas rápidas e passageiras e muitas vezes junto com a chuva. No inverno podem durar muitas horas, e não necessariamente acompanhadas de chuva.

As estações de transição afetam também a rotina da população. A escolha das roupas, os cuidados com a saúde — principalmente com alergias e doenças respiratórias — e até o consumo de energia elétrica variam conforme essas mudanças sutis no tempo.

No Rio, onde as temperaturas são elevadas na maior parte do ano, o impacto pode parecer menor, mas está longe de ser irrelevante. Entender as características do outono e da primavera ajuda a se preparar melhor para essas oscilações meteorológicas e a evitar surpresas no meio do caminho.

 

Foto: Arpoador | Rafael Carcione – Riotur

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